quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010


O melhor caminho para a sepultura é: começar a cavá-la, ter um pé no sabonete e outro numa casca de banana.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Às vezes não damos nada as pessoas e exigimos que elas nos deem.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A vida não é injusta com ninguém. Atirem a segunda pedra, porque a primeira erraram. 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Realidade I

Bom, na verdade nem sei por onde começar (será que todos que um dia ousaram escrever algo, começaram assim?), mas na verdade muita coisa me deixa na dúvida. A primeira delas é: qual o nome que usarei pra salvar este documento (já que o escrevo no Word, por medo de errar em algo e o corretor ortográfico me dar uma força)?
É inacreditável como uma pessoa formada em “Letras” pode ter medo de errar na escrita. Também com tanta mudança que acontece (posso me apoiar na recente, já que não me lembro de nenhuma outra), nem tem como realmente decorar o que se passam nessas mudanças. Sempre vejo as viagens de algumas pessoas e às vezes me sinto um perfeito idiota em não “viajar”. Todos têm o seu momento de loucura e acho que, em plenos vinte e seis anos da “longa estrada da vida” (nossa, tanta coisa boa pra eu lembrar), realmente ainda não sei realmente onde injetar minha loucura.
Sinto-me triste, outrora revoltado e, muitas das vezes completamente feliz em não saber ainda o que fazer. (... devo fazer uma pausa, porque o corretor ortográfico do Word, a todo instante me interrompe, ao deixar as linhas sublinhadas de verde, mas fazer o que, está errado).
Poderia pensar como Paulo Coelho, que mencionava seu descontentamento em já ser adulto e ver que algumas pessoas, ao ter a sua idade, já eram mundialmente conhecidas, os Beatles, por exemplo, e ele ainda não ser. Mas eu também penso assim às vezes (eu sei o que você vai se perguntar: quem você conhece que é mundialmente conhecido? Eu te respondo: ninguém, mas muitos amigos meus já tomaram um grande rumo na vida), gostaria de ter plena certeza de algumas coisas.
Penso também na música que toca no “Winamp”: “Double Talkin’ Jive” – “Conversa fiada” (só sei por que fui verificar no site de letras e traduções de músicas. Mas, possa ser que isso realmente seja somente mais uma “conversa fiada”. Vou parar por aqui, porque não estou com muita coisa fluindo e, ainda estou a fim de ler um pouco de “Terras do Sem Fim”.

domingo, 28 de novembro de 2010

...e-mail à Jeff...

E aí cara, tudo bem? Estou com saudades das conversas banais e cervejas que compartilhávamos. Estou também a refletir se faço o certo ou não, porém só o saberei se tomar uma decisão, que por sinal já foi tomada. Entreguei ontem minha carta de demissão, agora é só esperar. Pensei há alguns instantes em escrever algo, já que estava somente a ler. Quando o comecei, tava tocando “Numb” do Linkin Park, que você gosta né? (fazer o que!? rs)
Como é de praxe, sempre procuro o jornal para ler algo relacionado ao mundo da música e cultura em geral, e, aproveito pra fazer palavras cruzadas. Num desses encontros com o jornal, deparei-me com uma coluna dominical de Paulo Coelho. Sim, ele mesmo, que tanto ouvimos falar mal (u) (MAL com “L” ou MAU com “U”? Mal com “L”, se tratasse de Paulo Coelho como ser do contrario do bem, mau com “U” deve ser, por muitos dizerem se tratar de ruim como escritor, talvez por preconceito). Adiante, como diria o Professor Girafales, ao ver a coluna, me interessei e logo fui lê-la. Paulo Coelho é o tipo de escritor que não posso fazer nenhuma crítica, por não conhecer suas obras (li apenas “As Vaikírias”), mas sinto que tem algo diferente nele, por se tratar de alguém que é tão venerado em vida.
Vários foram os temas abordados nas colunas que li, mesmo não tendo o hábito de ser o tipo de leitor que acompanha tal coisa, reparei a naturalidade com que trata de “Deus” e outros temas diversos. Gostei bastante de uma coluna em especial, tanto que peguei algumas frases na mesma contida e, anexei a este (vide logo abaixo).
Vai também de lambuja o livro “O alquimista”, do mesmo autor das colunas, para podermos analisar uma obra da “criança” e tirar nossas próprias conclusões.
Obs.: Não se sinta ofendido em baixar o arquivo, porque é autorizado pelo site oficial do autor, então felizmente não estou propagando a pirataria de livros.
Amplexos,
...jU...

"Deus é, sobretudo, um artista. Ele inventou a girafa, o elefante, a formiga. Na verdade, Ele nunca procurou seguir um estilo - simplesmente foi fazendo tudo aquilo que tinha vontade de fazer."
Pablo Picasso
"Se pudesse viver de novo a minha vida, cometeria os mesmos erros - só que muito mais cedo."
Tallulah Bankhead
"As feridas passam: permanecem apenas as cicatrizes."
Paulo Coelho
"O caminho para o sucesso é dobrar a taxa de erros."
Thomas Watson

sábado, 27 de novembro de 2010

Limpar a bunda com plástico!!


É certo que atualmente, não basta simplesmente possuir um celular, mas sim ter um que, além de ter rádio, execute mp3, tenha uma boa câmera, TV e tudo mais.....
Isso nos remete a relacionar que no mundo consumista em que vivemos, temos que possuir e para tal, devemos trabalhar e conseguir mais e mais, porque nunca estamos satisfeitos com o que temos, ou pelo menos o sistema nos leva a crer nisso.....
Acreditamos as vezes que o simples fato de tentar redistribuir a renda, nos leve a uma solução da desigualdade no meio em que estamos. Isso não basta. Não basta querer igualdade, pelo fato de achar que redistribuindo, se altera todo o contexto de vida de algumas pessoas.....
Raciocine agora, se do nada, dessem a pessoas que não tem nenhuma noção de empreendedorismo, uma determinada renda, ou um pedaço de terra que seja, o que os mesmos fariam, sem noção nenhuma de o que fazer com este?....
Voltariam ao mesmo lugar em que estavam anteriormente com muita facilidade, já que dependendo de qual contexto fazem parte, poder não ter nenhuma noção de quase nada.....
Isso faz-nos lembrar do sistema de cotas, que ao tentar distribuir uma quantia de vagas a negros, esquece que os mesmos não tiveram igualdade nos primeiros onze anos de escolaridade e, que do ponto de vista geral são imprescindíveis para uma boa formação acadêmica dos mesmos. Esse não é o melhor modelo de inclusão, e sim uma forma de excluir, já que colocam juntas pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades e futuramente serão cobradas de maneira igual.....
Considerar marginal, quem não teve uma oportunidade e julgar suas ações pelo impulso é completamente ridículo, uma vez que nos encontramos em meio a tantas falcatruas que “companheiros de terno” nos fazem engolir, sem ao menos poder fazer nada, vemos que as diferenças são na sua totalidade iguais, e só dependem do ponto de vista em que são analisadas.....
Qual a diferença entre um marginal que rouba no sinal e mata por um par de tênis e, de um parlamentar, que desvia verba que seria pra construir um hospital e salvar vidas? Nenhuma! ....
Infelizmente não podemos julgar por simplesmente achar que sabemos de que contexto aquele determinado “sujeito” faz parte. Como relata o sábio Gabriel, o pensador em “O resto do mundo”: ...um fracassado, mas não fui eu que fracassei, porque eu não pude tentar, então que culpa eu terei quando eu me revoltar, quebrar, queimar, matar, não tenho nada a perder, meu dia vai chegar, será é que vai chegar?..., percebemos que o problema é ainda mais grave, porque além de muitas vezes não percebermos, ainda assim julgamos e quando menos percebemos, acabamos excluindo porque achamos que essa é a melhor solução.....
 ............Às vezes as pessoas me levam a pensar que limpam a bunda com plástico: mudam a sujeira de lugar, mas infelizmente não a limpam.

domingo, 14 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pensamento

A inquietação de pensamentos nos torna menos ignorantes, se não pensarmos ignorâncias.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amontoado de palavras

Gostaria de escrever sobre algo, mas não sei bem o que escrever. A escrita pode ser uma forma de sair desse mundo e pairar sobre o imaginário de que tudo dará certo. Estou realmente estou usando a leitura como válvula de escape para os problemas e, gostaria que a escrita o fosse também.
Ao ler as histórias de Sherlock Holmes, me sinto em Londres, comendo ovos e bacon pela manhã e saindo a companhia de Watson e Holmes para solucionar algum problema.
Parece bobeira, mas restam somente mais duas reuniões de contos e já me preocupo. É a maneira que tenho encontrado para curar minha insônia e esquecer um pouco as “tretas” do cotidiano.
Deveria escrever mais, mas às vezes a preguiça me domina. Fico super feliz em saber que consigo me expressar, mesmo que seja pouco, através destes, algo a alguém.
Recebi um cartão em inglês, de um aluno que escreve um pouco mal, então não decifrei tudo que estava escrito, mas só de ver meu nome envolvido num coração, já muito feliz.
O aluno é da 5ª série e, lembrando disso, penso em como as coisas poderiam voltar a 5ª série. Professores que se foram, amigos de sala, inspetores. Poxa, a vida ficou muito complicada!
Nãos ter especificamente o que escrever dá nisso: um amontoado de palavras jogadas no papel.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

sem título I

...já falaram antes sobre a Paz
que devemos amar uns aos outros
mas se você não tem amor dentro de si
use esse ódio pra odiar a si mesmo
use ele contra você e os seus
a obsolescência desse lixo que existe em você
é sempre substituído por algo maior
e do seu ponto de vista melhor
mas continua sendo ruim,
negativamente maior e mais prejudicial...

domingo, 26 de setembro de 2010

Baratas

Este pequeno escrevi uma vez para colocar no meu perfil do Orkut. Gosto muito e até um amigo o copiou.

Hoje entrei no banheiro e sem querer acabei pisando numa barata, que logo após o ocorrido, morreu.
Aí fiquei pensando como foi triste e ao mesmo tempo interessante, a barata morrer logo de cara. Ela não sofreu, foi instantânea sua morte.
É estranho, parecemos baratas. A diferença é que morremos de várias pisadas.
O mundo te pisa, sendo auxiliado pelas pessoas que pensam que as pisadas não fazem nada.
Uma pequena arruela chega ao fundo do mar, da mesma maneira que uma grande barra de ferro chega. Só demora mais tempo, mas chega.
Felizes das baratas, que com uma simples pisada deixam de existir.

(Isso vai soar como as "formigas", mas tudo bem, são baratas)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Conversa

Às vezes estou tão pra baixo, que quanto mais penso, pior fico. É como dizem: você atrai aquilo que pensa, então se tem pensamentos ruins, acaba atraindo mais coisas ruins. Tive a oportunidade de lecionar no EJA (Ensino para Jovens e Adultos) e, tive o prazer de receber o elogio de um aluno, que ao efetuá-lo, não sabe o quanto me fez bem e me proporcionou buscar sempre um melhor desempenho como profissional da educação.....
Sempre ouvimos coisas ruins sobre a escola, os professores e os que cercam este convívio. O que pouco se sabe é sobre realidade que se enfrenta e o quão gratificante é poder partilhar, mesmo que indiretamente da conquista e da trajetória de vida de algumas pessoas.....
Recentemente ao teclar com um aluno, que se tornou um amigo, fiquei mais uma vez admirado e ao mesmo tempo muito feliz e, ao pedir pra ele se poderia postar a conversa, além de concordar, disse ainda que deveria colocar o nome dele, para que todos soubessem o que ele havia falado.....
Vai aí a conversa.......
.. ..
Bruno:ow mano se ta ae?....
Juliano:fala truta....
Bruno:eae mano Fmz?....
Juliano:tranquilo kara....
e vc?....
Bruno:tbm mano !!....
sumido pow....
Juliano:ow agora to sempre em casa depois da 5....
mudei de horario di novo....
Bruno:opa mano eu vo ae pow......
meu velho amigo ta indo embora e eu nem fui ae falar com ele....
aFF mano....
eh foda neh mano quando a jenti perde amigo assim quando ele vai se mudar....
pareci meio gay ^^....
naum mano eh serio pow....
tipow vc foi umn cara que me mostro muita coisa na vida mano....
seu que eu devo descupas p vc mano....
descupa aer por eu n ter Respeitado vc mano quando dava aula la no Senai....
Juliano:tranqüilo....
somos trutas....
Bruno:somos mano....
e por onde eu for eu sempre vo citar o seu mano meno......
vc eh um cara loco mais sabe dividir as coisas mano......
e por onde eu for eu sempre vo citar o seu mano nome....
Juliano:kara....
nem sei o q te dizer véi....
espero sempre poder compartilhar essas coisas....
são amizades que guardaremos sempre....
Bruno:eh mesmo mano....
sempre eu vo ta ae mano no mesmo lugar e no mesmo estado pow....
se no futuro eu puder esta indo la em SP fazer ti uma visita mano eu vo La....
mesmo que eu fiquei em um hotel mano mano sei La....
mais nossa amizade n morre mano....
sempre vai fica Guardado em nossos pensamentos e coraçoes......
assim que eu entreii no senai p fazer o curso de mecanico eu pensei que eu ia so estuda mesmo....
Juliano:kk....
ki massa....
Bruno:mais naum mano la eu tive Verdadeiras amizades....
Juliano:sim....
Bruno:eu entre la deprimido da vida mano....
vc sabe disso....
Juliano:a gente tira ensinamentos pra vida sabe....
eu tbm....
aprendi pakas....
Bruno:eh mesmo....
hei mano e vc me encinou a viver de novo....
nunca eu ia ta pensando em falar isso p vc mano......
mais eu aprendi a dobra a vida......
ao seu lado eu me diverti muito mano nas festas e tals.....
vc eh um cara apençodo por deus mano onde vc vai vc vai da aledria p todo mundo mano !!!....
Espero que deus Ti ilumine por onde vc for....
Juliano:kara....
nem sei como te agradecer pelas....
palavras....
rs....
obrigado msm....
Bruno:pow mano nem precisa....
so naum se esqueça do seu velho amigo aqui mano....
mano eu vo dormir mano ae eu vo ae na sua casa depois dad 5 Fmz?....
Das*....
Juliano:vem sim....
trokarmos uma ideia....
Bruno:amanha eu vo ae p conversar com vc....
Juliano:abraços....
fika com Deus....
Bruno:Abraços mano....
fica vc tbm com ele mano que ele ti ilumine....

*O texto segue na integra, não havendo a preocupação com erros de grafia, uma vez que é assim que realmente escrevemos informalmente.....

sábado, 14 de agosto de 2010

Pilha

Nem sempre o que foi postado é algo de agora, portanto não se assuste, falo isso a mim mesmo, porque acho que esse é o blog de dois leitores: J. & J., se algo que você leu não faz muito sentido (será que eu, um mero morador da quitinete “06”, do “Condomínio Xurupita da Liga da Justiça” tenho que escrever algo que se entenda?) ou não tenha muita importância agora, pode ser que no passado talvez também não tenha tido.
Tentarei lembrar coisas do passado que foram relevantes, positiva e negativamente em minha vida ou, que tenha presenciado, mas não colocarei em ordem, pois assim acho que perderá a graça.
Hoje li textos que me deram ânimo para escrever e, logo postarei algo especificamente sobre esse texto.
A noite caiu e não se machucou, tenho que ir agora, mas não antes de postar este.
Salamaleico!

Esse naco escrevi numa quarta-feira, 23 de setembro de 2009, 19:52:49 mais precisamente.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Café

O café sempre esteve presente em vários momentos, sejam eles bons ou ruins, mas de certa forma representa, de maneira geral, várias épocas que tirei lições boas.
Estava a pouco, lendo “O Segredo” e tomando um trago (você deve pensar: trago é só de bebida alcoólica, certo? Errado! É um “pedaço de bebida” qualquer como diria o próprio que vos escreve) de café e lembrei-me de quantas vezes um “pretinho” como esse, fez-me sentir melhor. Alias, não só a mim, mas aos que me cercavam em certas ocasiões também.
Desde muito, lembro da chaleira de quase “sinquo” litros (uma pena não ter mais o ‘print’ pra provar que não estou mentindo em relação ao ‘sinquo’) da casa da “Tia Rosa” (que Deus a tenha), que nos despertava muito cedo com o “som” daquele cheiro maravilhoso, moído a pouco e coado com muito carinho, carinho este presente no café de minhas avós e, também de Dona Cida.
Toda manhã em nossa casa, aquele aroma maravilhoso se juntava aos assovios de meu pai e a agilidade de minha mãe na cozinha e, pairava aquela maravilhosa sensação de que mais um dia se iniciava. Sem sombra de dúvidas o café de minha mãe é o melhor de todos. Meu pai tem preferência por certa marca de café, preferência esta que levei como legado e a conservo. Lembro de ouvir determinada vez meu pai exclamar: “Ah, não compra outro café não, deixa de ser muxiba!” Realmente ele tinha razão, aquele é o café.
O café esteve presente em minha infância, com a preocupação de minha mãe, para que não excedêssemos na quantia, passou por toda minha adolescência e está presente até hoje, em minha vida adulta.
Ao fazermos algum tipo de serviço em casa, seja com minha mãe ou com meu pai, um deles vinha com uma xícara e trazia um gole que desse para todos degustarem. O fato de poder compartilhar daquele momento é de grande valia para o contexto familiar. Estar junto dos teus e poder partilhar um gole de café é maravilhoso. Meu pai tem o costume de durante todo o dia, dar uma bicadinha no mesmo, sempre aos poucos, mas constantemente. Também segui isso e, já tive a atenção chamada em um determinado serviço por sempre estar bebericando um “pedacinho” de café a todo instante.
Até meus alunos já satirizaram uma vez, usufruindo do quadro branco, colocaram os bordões que costumo usar e, fazendo alusão a três marcas de cafés, mencionaram: “Juliano bebe todos!”
O café é um meio de amizade, unindo pessoas e conversas ao redor de uma garrafa. É combinado por conversas e até mesmo pela net, perguntado pelo msn: “ow mano veiu, bora fazer um café? Tem poh aí?” (El Loco - Pepe).
Leva-me a crer que sem o café, muita coisa não aconteceria, formas de reconhecer realmente uma amizade, como um sábado, onde dois amigos decidem coar um café, independente da casa de quem, pelo fato de não terem dinheiro pra sair (essa eu quero relatar em outra ocasião, de maneira mais detalhada), unem-se para degustarem o líquido e papear.
Independente do tipo de conversa, o café se enquadra em qualquer contexto, seja ele formal, numa conversa do trabalho ou num assunto da “fackul”, ou até mesmo numa troca de idéias.
O café me remete a lembrar de amigos de outrora, que ao tomarem o mesmo conosco, antes do início da aula, mencionou o fato de valer a pena todo o sacrifício que passamos no período de graduação, sacrifício este reclamado por mim nesta ocasião e, que foi ouvido atentamente, bradado pela voz de alguém bem mais experiente que eu: “pode ter certeza que o a recompensa vem Alemão, mesmo que você não a busque, ela vem”.
Após iniciar a escrita deste, fomos até um barzinho onde o “Sixtons”, banda de Cuiabá, faz um som todas as sextas e, neste dia contou com a participação de um guitarrista de nome Danilo, que cantou algo sobre o café. Sim, ele mesmo, o café, mas infelizmente não sei muito, só o que me lembro da letra é o que esbocei num bloco de pedidos do Joaquim, garçom da casa: “eu bebo um café, que é pra melhorar”. Não sei de quem é a música, deveria ter perguntado ao Danilo, quando o encontrei, fazendo outra participação em outro bar, um dia após ouvi-lo cantar essa música. E ainda na música, recordo-me de “curtametragem”: “Como qualquer curta-metragem, Brasil turismo, Amazônia, ciclo do café”, que por sinal tem assinatura de Humberto e de Augustinho.
Fico pasmo com tantas lembranças que um simples café me traz (espero não ter esquecido nenhum fato relevante), até das vezes que Jeff mencionava no messenger: “A Érika acabou de coar um café, você não ta afim?”. Esse tipo de frase era sempre acompanhado de um “**********”.
Finalizo este após um copo, acompanhado do Paulo, que só não pegou mais, porque com certeza iria derramar (provavelmente ele ficaria bravo, porém não sabe deste e, nem que o postarei).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lucubração

Hoje é um dia em que eu penso muita coisa boa e ruim: penso que meu maior erro foi ter ido morar em MT, mas por outro lado vejo que um erro leva a outro e, sendo assim foi também um erro voltar (salvo pelo fato de estar perto das pessoas que eu amo, principalmente a Isa).

O aprendizado foi grande, se eu contar que me dei mal em muitos sentidos, entretanto vejo que me dei bem em outras. Fui agraciado em poder fazer parte do cotidiano de algumas pessoas e, o mais bacana de tudo: ser valorizado por isso.

Me da uma saudade imensa,quando me lembro do clube de esquina em especial, porque foi um local onde fui sozinho e sempre fui muito bem recebido. não me esqueço do ‘Joaquim’, garçom sangue bom e muito educado. Lembro-me de ter ficado um tempo sem aparecer por lá e, ao ser indagado por ‘Joaquim’ o porquê da demora, respondi: “é que nenhum amigo quer vir comigo” e ele rebateu na lata, ao mesmo tempo em que me abraçava: “cara, vem pra cá sozinho mesmo, aqui você também tem amigos”. De fato tinha mesmo, em pouco tempo já conhecia algum companheiro que era figurinha carimbada de lá e era cumprimentado. Mas deixemos o Clube de esquina de lado e vamos adiante.

Gostaria de me sentir melhor. Na realidade nem eu mesmo sei o que eu sinto (...você não sabe o que eu sinto, você não sabe quem eu sou, a gente entrou num labirinto, eu dancei, você dançou...). Como a cação mesmo diria, não me leve a sério, sendo assim, nem sei como continuar.

Isso ta completamente sem sentido, mas o que realmente faz sentido, se a gente fica se iludindo o tempo todo? Às vezes, percebo que gostaria de ser um músico famoso ou, sei lá, um jogador de futebol (mas nem disso eu gosto muito), então semana passada eu li que se tem uma vantagem quando se é escritor: você pode ir à padaria, sem que ninguém lhe aborreça. E o que é mais bacana de tudo: quando você fica velho, não existe nenhum inconveniente em seu desempenho, você só melhora.

Quando a cerveja acaba, com ela se vai a amizade. Minha cerveja acabou, então não irei escrever mais.

domingo, 1 de agosto de 2010

Polis I

...às vezes tudo que eu preciso é deixar de existir. Como isso deveria ser? Morrer? Talvez. Mas seria uma maneira estranha de encarar os problemas. Problemas? Eu não tenho problemas! Nunca os tive. Mas acho que eles me têm, e tem por completo, porque sempre que tento algo, algo acontece de uma maneira que eu não gostaria que acontecesse. Eu faço errado, certeza que faço. E, se não acontece do jeito que eu gostaria, não sou eu. Não sendo eu, tudo fica complicado. Eu sou muito complicado. Não sei como ainda tenho amigos. To com sono, mas se eu deitar, não conseguirei dormir. Amanhã tenho certeza de que estarei pregado. Quem se importa, não é mesmo? Essa é minha maneira de encarar as coisas. Seria o mesmo que dizer que “eu pago os meus pecados por ter acreditado, que só se vive uma vez” (sic)... Paguei, pago e ainda pagarei... Aliás, vivo pagando e, parece que não tem fim. Dívida. Não há necessidade de citar nada, está tudo aqui. Sei que algumas pessoas não conseguirão ver. Ah, tenho que mencionar que sou fã do Slash e que isso me torna diferente de vários... mas sinto que o que todos querem é igualdade: de pensamento, de atitudes e tudo o mais. Não sei realmente o que fazer, tentando ser diferente e ao mesmo tempo sendo igual, segundo me falaram. Isso aqui é muito ou vários, sei lá. Lá é a sexta nota né. (grandes merda)...
(...pensamento de um dia qualquer, de um tempo atrás, com ou sem noção...)

Minha primeira vez... no Clube de Esquina

Era sexta feira, estávamos em casa, sem nada pra fazer e então, Paulo me chamou para darmos umas voltas. Havia chegado há pouco em MT e não conhecia muita coisa, mas o que conhecera fora o suficiente para gostar. Cuiabá tem lugares fascinantes, porém não deixa de ter aquele aspecto de desdém em alguns locais, que toda cidade grande tem. Uma parte do “centro” um tanto feio diria, principalmente à noite, que é o momento certo para vermos as “desavenças”.
Saímos de VG, rodamos bastante e, como o calor era de matar (sem comentários, até cachorro na bunda sua...), estávamos de bermuda, camiseta e chinelo. Típico traje “Julianeiro” para toda e qualquer ocasião, exceto ir à igreja.
Num determinado ponto, passamos próximo a uma esquina que, uns cinquenta metros antes de alcançarmos, fiquei com os ouvidos atentos pelo estalo da caixa de bateria (nem sei o porquê de ter ficado atento a este som) sic.
Era inacreditável, o som nesse momento era nada menos que “T. N. T.” do AC/DC. Nem é preciso dizer que quase derrubei Paulo da moto para que parássemos. Amarramos os capacetes na moto e me lembro bem da expressão dele, em frente ao bar, dizendo que não nos encontrávamos em trajes para entrar num local onde só haviam pessoas “descoladas”. O local era perfeito e se tornaria meu reduto, principalmente as sextas.
O vocalista da banda já me chamou a atenção, com uma cabeleira ruiva que beirava a bunda, sempre de camiseta preta e carismático com todos, a ponto de cumprimentá-los sem distinção. O guitarrista foi um cara que passei a admirar, pelo simples fato de ele executar um solo muito idêntico do original, de coisas do Maiden, por exemplo, com aquele peso/melodia incríveis, sem sequer dar um passo ou expressar nada, a não ser o próprio som que exalava da guitarra que simplesmente falava por si.
Minha felicidade era nítida, porque me encontrava em um local que, do meu ponto de vista tocava a música de melhor qualidade da redondeza. Situavam-se lá, principalmente as sextas, muitas pessoas inteligentes. Lembro-me de uma ocasião em que me encontrava escorado ao balcão, de tão cheia que se encontrava a casa, e comecei a trocar ideia sobre literatura com uma moça. Num determinado instante da conversa, um gaucho (nos disse que era rio-grandense-do-sul tchê...) parou e comentou que a conversa era de qualidade. Fiquei ao mesmo tempo, contente e surpreso.
Pegamos uma “original” e ficamos em pé, vendo tudo e todos a nossa volta. Eu estava maravilhado com o som (e foi assim todas as vezes que ia lá), tinha muita coisa da velha guarda e, nesse dia me arrepiei quando começou a tocar “Doors”, era perfeito e o som da gaita era fenomenal. Naquele instante tive a certeza de ter encontrado o local perfeito para minhas noites, sobretudo as de sexta-feira. Além de escutar um som maneiro, via pessoas bacanas e inteligentes, e acima de tudo, era bem tratado, o que eu achava o máximo.
Durante as vezes que frequentei o bar, o que não foram poucas, vi somente um desentendimento de um cara com um garçom de nome “Joaquim”, por sinal o mais gente boa de lá. Tirando esse episódio, estávamos o tempo todo rodeados de pessoas cabeludas (homens) barbudos e tabuados, que se por algum acaso trombassem em você, o incidente era acompanhado de um “foi mal, cara”. Realmente não tinha como não gostar do lugar.
Logo na segunda cerveja, Paulo parou e disse que não queria mais. Depois, ainda tomei mais duas, enquanto ele saiu e ficou debruçado nos joelhos, sentado do outro lado da rua, ao lado da moto.
Fiquei lá, trocando ideias com qualquer um que se disponibilizasse para um bate papo. Foi a noite dos “Thundercats” (rsrsrsrsrs), como diria o Paulo.
 Saímos de lá e eu mal sabia onde estávamos. Logo após isso, meu amigo entrou de férias e fiquei solto com sua moto. Adivinhem o primeiro local que fui? Exatamente ao Clube de Esquina, mas rodei no mínimo meia hora para encontrá-lo. Fiquei tão feliz que meu semblante me condenava. Parecia uma criança que ganhara um doce.
Logo que cheguei, fui muito bem recebido por “Joaquin” que em determinado tempo chamou-me pelo meu prenome, Antonio, e me ensinou como não errar mais para encontrar o bar.
O curioso foi uma vez que um tempo sem ir lá e, quando cheguei, fui indagado por Joaquim o porquê de fazer tanto tempo que não frequentava a casa e, ao responder que era pelo fato de não encontrar amigos para me acompanharem, levei logo uma na cara: pode vir sozinho cara, aqui você também tem amigos, pode ter certeza. Fiquei tão feliz de ouvir isso, que nem insistia muito com os amigos para irem.
Muito tempo depois, encontrei uns amigos que, junto comigo iam com mais frequência, tem até uma história de uma vez que encontramos o “Desfigurado”, mas essa deixarei para uma próxima ocasião.
A primeira vez a gente nunca esquece, nos faz lembrar várias outras vezes e, se o Paulo não tivesse me levado ao “Clube de Esquina” naquele dia, talvez até o descobriria, mas poderia levar algum tempo. Valeu Paulo.